Levando em consideração a sugestão de uma
participante no Debate sobre liberdade de expressão, promovido pelo Movimento
Aposente um Vereador Vitoriense, na qual a mesma sugere que os blog’s da cidade
informem como funciona uma eleição, o Deu o Carai em Vitória ajudará, até
outubro, a desmistificar o “bicho” das eleições. Nesta primeira matéria
tiraremos a dúvida que muita gente tem sobre o porquê de alguns vereadores se
elegerem mesmo obtendo menos votos que outros.
Você não sabia, mas o sistema eleitoral utilizado no Brasil para a
escolha dos nossos vereadores (e deputados) não é facilmente compreensível para
os eleitores e até mesmo para os próprios parlamentares. Esse sistema existe
para representar partidos e não indivíduos. Cada partido elegerá vereadores (e
deputados) diretamente proporcionais
à votação total recebida pela sigla. Vejamos, em três passos,
como funciona a matemática para essa definição, numa eleição de vereador:
1º passo: definir o quociente eleitoral – para isso se pega o
total de eleitores que compareceram na eleição, tira-se os votos brancos e
nulos e o restante divide-se pelo nº de vagas, e o resultado é o quociente
eleitoral, ou seja, o total de votos que o partido precisa para eleger um
vereador.
2º passo: fazer a soma do total de votos obtidos por todos os
candidatos a vereador de cada partido mais os votos de legenda, ou seja, aquele
voto em que o eleitor, na hora de votar para vereador votou no nº do partido e
não de um candidato. Verificado o resultado, os partidos que, no total, tiveram
votos acima do quociente eleitoral (1º passo) elegerão vereadores proporcionais
aos votos que tiveram e os partidos que não atingiram o quociente eleitoral não
elegerão nenhum vereador.
3º passo: verifica-se quantas vagas cada partido tem direito,
proporcional à quantidade total de votos que tiveram (2º passo) e, assim, serão
eleitos os mais votados do partido de acordo com as vagas obtidas, por exemplo:
Se um partido ganhou o direito de eleger três vereadores, serão empossados
os três candidatos mais bem votados da sigla.Assim sendo, é possível que
um candidato bem votado não se eleja e outro(s) com menos voto(s) seja eleito.
Vejamos o exemplo abaixo para melhor compreensão. a) Supondo
uma cidade que teve 40.000 votos válidos e tinha 10 vagas, assim o quociente
eleitoral foi de 4.000 votos (1º passo); b) Na
cidade quatro partidos disputavam a eleição e três tiveram mais de 4.000 votos
e um não atingiu o quociente eleitoral, ou seja, no nosso exemplo 4.000 votos,
pois a soma dos votos de seus candidatos foi de 3. 999 votos, portanto, não
atingiu o quociente eleitoral e, por isso, não elegeu nenhum vereador (2º
passo). Mas, curiosamente, esse partido teve o candidato mais votado da cidade
com 2.465 votos, o qual não foi eleito e, portanto nesse exemplo, todos os dez
vereadores eleitos tiveram menos votos e foram eleitos, pois as dez vagas foram
distribuídas aos três partidos que tiveram mais de 4.000 votos, na proporção de
suas respectivas votações.
É por isso, que a eleição de vereador e de deputado é chamada de “eleição
proporcional.”
Blog
Deu o Carai em Vitória
Informações complementares: Portal PR22-SP
Meus caros, chego até admirar a vontade de vocês. Porém esse movimento não chegará a lugar algum, como tantos e outros que não progrediram em Vitória de Santo Antão.
ResponderExcluirClaro, não irá a lugar nenhum se todos forem como você, Anônimo, que nem coragem de colocar o nome tem. Mas se forem comprometidos com seus ideais... aí as coisa mudam.
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