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ELEIÇÕES 2012: Por que um candidato a vereador com menos votos se elege e outro com mais votos não?


Levando em consideração a sugestão de uma participante no Debate sobre liberdade de expressão, promovido pelo Movimento Aposente um Vereador Vitoriense, na qual a mesma sugere que os blog’s da cidade informem como funciona uma eleição, o Deu o Carai em Vitória ajudará, até outubro, a desmistificar o “bicho” das eleições. Nesta primeira matéria tiraremos a dúvida que muita gente tem sobre o porquê de alguns vereadores se elegerem mesmo obtendo menos votos que outros.



 Você não sabia, mas o sistema eleitoral utilizado no Brasil para a escolha dos nossos vereadores (e deputados) não é facilmente compreensível para os eleitores e até mesmo para os próprios parlamentares. Esse sistema existe para representar partidos e não indivíduos. Cada partido elegerá vereadores (e deputados) diretamente proporcionais à votação total recebida pela sigla.   Vejamos, em três passos, como funciona a matemática para essa definição, numa eleição de vereador:

1º passo: definir o quociente eleitoral – para isso se pega o total de eleitores que compareceram na eleição, tira-se os votos brancos e nulos e o restante divide-se pelo nº de vagas, e o resultado é o quociente eleitoral, ou seja, o total de votos que o partido precisa para eleger um vereador.

2º passo: fazer a soma do total de votos obtidos por todos os candidatos a vereador de cada partido mais os votos de legenda, ou seja, aquele voto em que o eleitor, na hora de votar para vereador votou no nº do partido e não de um candidato. Verificado o resultado, os partidos que, no total, tiveram votos acima do quociente eleitoral (1º passo) elegerão vereadores proporcionais aos votos que tiveram e os partidos que não atingiram o quociente eleitoral não elegerão nenhum vereador.

3º passo: verifica-se quantas vagas cada partido tem direito, proporcional à quantidade total de votos que tiveram (2º passo) e, assim, serão eleitos os mais votados do partido de acordo com as vagas obtidas, por exemplo: Se um partido ganhou o direito de eleger três vereadores, serão empossados os três candidatos mais bem votados da sigla.Assim sendo, é possível que um candidato bem votado não se eleja e outro(s) com menos voto(s) seja eleito.

Vejamos o exemplo abaixo para melhor compreensão. a)      Supondo uma cidade que teve 40.000 votos válidos e tinha 10 vagas, assim o quociente eleitoral foi de 4.000 votos (1º passo); b)      Na cidade quatro partidos disputavam a eleição e três tiveram mais de 4.000 votos e um não atingiu o quociente eleitoral, ou seja, no nosso exemplo 4.000 votos, pois a soma dos votos de seus candidatos foi de 3. 999 votos, portanto, não atingiu o quociente eleitoral e, por isso, não elegeu nenhum vereador (2º passo). Mas, curiosamente, esse partido teve o candidato mais votado da cidade com 2.465 votos, o qual não foi eleito e, portanto nesse exemplo, todos os dez vereadores eleitos tiveram menos votos e foram eleitos, pois as dez vagas foram distribuídas aos três partidos que tiveram mais de 4.000 votos, na proporção de suas respectivas votações.

É por isso, que a eleição de vereador e de deputado é chamada de “eleição proporcional.”




Blog Deu o Carai em Vitória
Informações complementares:  Portal PR22-SP

2 comentários:

  1. Meus caros, chego até admirar a vontade de vocês. Porém esse movimento não chegará a lugar algum, como tantos e outros que não progrediram em Vitória de Santo Antão.

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  2. Claro, não irá a lugar nenhum se todos forem como você, Anônimo, que nem coragem de colocar o nome tem. Mas se forem comprometidos com seus ideais... aí as coisa mudam.

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Opinião é como cheque: todo mundo pode emitir, mas não necessariamente vale alguma coisa. Respeito é bom e todo mundo gosta.

 

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