Pesquisa revela o conhecimento literário dos estudantes de Vitória de Santo Antão.
Osman Lins - Foto: Blog Os Confundidos |
Vitória de Santo Antão, zona da mata de Pernambuco, aproximadamente 135 mil habitantes. Conhecida mundialmente pela produção de aguardente. Atualmente a Cidade vem se destacando como sendo uma das cidades que mais cresce economicamente no Estado. No entanto, o seu crescimento, tanto populacional como industrial, toma rumos oposto quando se fala em termos culturais.
Para muitos, cultura é coisa para os emos, uma coisa pegajosa e nojenta que começa com CU. Mas, os mais afortunados cognitivamente tem a cultura como aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade.
Em algumas cidades maiores ou até menores que Vitória, é de costume seus moradores, pelo menos alguns, irem ao teatro, cinema, livrarias, etc. Porém, os costumes culturais que os cidadãos vitorienses têm são... são... são tantos que nem lembramos. Até porque o município não dispõe de atrativos culturais, ou melhor, dispõe, mas os habitantes têm um nível tão elevado que não valorizam a arte e a cultura local.
Recentemente uma pesquisa de porta de escola e beira de bar foi feita pelos escribas do Blog Deu o Carai em Vitória, na qual foram entrevistados estudantes do ensino fundamental (6° ao 9° ano) e médio da rede municipal, estadual e privada da cidade, com uma única pergunta: “Quem foi Osman Lins?” Do total pesquisado (trinta), seis (06) responderam que foi um escritor; nove (09) disseram que era o dono da FACOL (ham?); treze (13) não souberam;e um (01), sabiamente disse: “Foi o maluco que escreveu Lisbela e o Prisioneiro.”
As conclusões que se tira da pesquisa é que... deu o carai no conhecimento dos alunos de Vitória, sobre literatura. Enquanto município como Recife dispõe no currículo escolar a disciplina de “História do Recife”, os alunos de Vitória de Santo Antão não sabem nem o ano em que ocorreu a Batalha das Taba(o)cas.
É por essas e outras que dizemos: Pronto, agora deu o carai!
NOTA - A valorização da cultura é tão presente no cotidiano dos moradores de Vitória que derrubaram a casa em que residiu Osman Lins, assim como os prédios históricos do Município estão tão bem conservados que até as baratas e ratos estão mantendo distância com medo de desabamento.
NOTA - A valorização da cultura é tão presente no cotidiano dos moradores de Vitória que derrubaram a casa em que residiu Osman Lins, assim como os prédios históricos do Município estão tão bem conservados que até as baratas e ratos estão mantendo distância com medo de desabamento.
Informações complementares: Wikipédia, Desciclopédia e Secretária de Educação do Recife.
Imagem: Blog Os Confundidos.
Infelizmente a cultura não está podendo competir com o 'MC Sheldom'.
ResponderExcluirO teatro fica quase vazio quando tem apresentações, mas se você for a praça ao lado, está lotada de jovens fazendo NADA. (mesmo com a praça em infinita reforma)
Lamentável
Lastimável! Agora pergunte qual o mais novo sucesso de Garota Safada ou algo do gênero.
ResponderExcluirUma cidade que não preserva sua identidade histórica está fadada a ignorância.
... "é uma coisa que começa com CU." KKKKKKKKKK Qto a pesquisa... Eu quero é novidade!
ResponderExcluirAchei absurdo qd derrubaram a casa dele :/
ResponderExcluirQuanto aos alunos ñ saberem quem foi Osmam, nao me espanta. ESCOLA NENHUMA, seja ela publica ou particular, fala sobre ele e sua vasta obra.
Alias, na educação daqui não
Tenho certeza que a graaaaande maioria tambem nao sabem que um predio na rua Imperial chamado de "mourisco" foi onde D. Pedro hospedou-se aqui... Nem placa informando essa passagem historica no sobrado existe.. Total descaso. Alias, é por esse fato que aquela rua se chama "imperial", pois foi onde o Imperador esteve.
Eu, no 3º ano do Ensino Médio, vi um professor abrir a boca para falar sobre Osman Lins somente este ano e estranhamente o professor é um carioca :x
ResponderExcluirNo 1º ano, foi recomendada a leitura de um livro dele, entenda-se que recomendada não é cobrada.
Porém, eu sei declamar o conto A Partida completo, !
De fato, é lastimável como a arte e a literatura de Vitória vem sendo tratada. Osman Lins, é um caso clássico de desvalorização em um contexto em geral (nacional), uma vez que o PNLD (Plano Nacional do Livro Didático) não menciona o escritor entre os autores do modernismo. Porém, como é dito no Blog, isto não impediria que questões relacionadas a cultua local fossem trabalhadas nas escolas do município.
ResponderExcluirO Problema é que os gestores que passam pela prefeitura não estão ligando para questões culturais, até porque isso não trás votos.
Muito boa a matéria. Parabéns!
"A literatura nasce da calma, do trabalho persistente e lento de muitas recusas." (Osman Lins).
ResponderExcluirFalando da casa de Osman, até onde sei foi derrubada por um professor de literatura. claro que com permissão do clero local.
ResponderExcluirÉ deu o krai.