A
TRISTE HISTÓRIA DO ZOOLÓGICO MELO VERÇOSA
Diante
do recente escândalo em torno do zoológico Melo Verçosa, nossa redação
investigou a fundo os fatos ocorridos, fazendo uma remontagem histórica dos
acontecimentos.
De
acordo com levantamentos, o zoológico sempre se encontrou em situação
irregular, ou seja, funciona sem licença
ambiental desde sua fundação, em 1950.
Desde
o ano de 1996 o zoológico está legalmente interditado, porém sempre manteve aberto
para o público. Vale salientar que os animais do zoológico, foram doados na sua
grande maioria pelo IBAMA (Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), inclusive após a
interdição. A partir do ano de 2006 o zoológico foi proibido de receber
animais, pois o espaço físico é bastante limitado.
De
acordo com o IBAMA o local foi recentemente fechado por não atender a
legislação. Sabendo o órgão ambiental, que o local é extremamente inadequado
par causa do minúsculo espaço físico destinado ao cativeiro dos animais, além
de estar inserido dentro do centro urbano da cidade. Onde os animais ficam
susceptíveis aos estresses causados pela poluição atmosférica e sonora.
Segundo
relatos de um funcionário (atuante no zoológico desde 1998 - gestão do
ex-prefeito Carlos Breckfeld) e ex-estagiários do zoológico (Estudantes e
Ex-estudantes do Centro Acadêmico de Vitória – CAV/UFPE). Durante o período
compreendido entre (2000 – 2008, ou seja, durante a gestão do PSB -
Vermelhinhos), foram constatados vários casos de maus tratos (agressividade e
alimentação inadequada / insuficiente) e desvios (roubo) de animais,
principalmente aves (tendo por exemplo: Araras, Papagaios e Arapongas - conhecido também como ‘Ferreiro’). Essas
aves podem ser facilmente transportadas e possuem alto valor de mercado. Também
foi relatado o curioso roubo de Capivaras e Tatus, dentre outros animais
“suculentos”. Conforme as denuncias, durante a gestão do então grupo do PSB
(2000 -2008), houve um “incêndio” no local onde eram arquivados os documentos
do zoológico, ou seja, os registros dos animais do zoológico foram queimados,
possibilitando assim que os animais fossem desviados, sem despertar maiores
curiosidades e impossibilitando o trabalho das autoridades competentes.
Na
atual gestão (PSD – Amarelinhos) o zoológico, não está muito diferente. Pois os
animais, principalmente os de maior porte, tendo como exemplo o Urso e o Leão,
aparentam estar desnutridos. A saúde dos animais do zoológico é “acompanhada”
por dois veterinários: Clovis Figueiredo e
Manoel Bento, porém está claro que na realidade esses animais não recebem a
devida atenção. É possível constatar no local, vários animais doentes ou/e
estressados, tendo, por exemplo, o leão que está cego dos dois olhos. Também é
importante lembrar-se da leoa que morreu de morbidez por está confinada num
espaço minúsculo. Hoje o zoológico, ou melhor, o ‘depósito de animais’, não
possui projetos de educação ambiental para receber os visitantes. O abandono é
quase total e o sofrimento dos animais é facilmente perceptível.
Para concluir, vemos que independente da gestão municipal, o
zoológico foi e, continua sendo vítima de abandono e descaso, tanto na instância
municipal, quanto na federal. Na gestão
do grupo PSB e na gestão do PSD, ambos com secretários desqualificados para assumir o seu posto, o que mostra que está mais do que na
hora de destinar cargos de “confiança” para pessoas qualificadas e competentes,
pois só assim poderemos evitar fatalidades como a que está acontecendo.
“Aqui em Vitória os políticos tratam os humanos como
bicho, e os bichos como lixo”. (Depoimento do Ray Charles – Leão do Zoológico
Melo Verçosa).
Walter Vieira - Via e-mail
Os bichos estavam c/ fome agora. Deixaram os animais s/ comida. Fazem quase 04 anos que a atual administração está no poder e dinheiro p/ manter o zoológico tem. O que falta é vontade aliada à competência. Analisem também a arrecadação do Município hoje. Vamos ser isentos.
ResponderExcluirRealmente " Cego é aquele que não quer ver. "
ResponderExcluirPois, foi analisado e dito que " Ambos são desqualificados para assumir seu posto.