A alienação do povo e o conformismo masoquista

Há muito tempo sob a égide do estigma da alienação, muitos... acomodam-se, descansam e aceitam passivamente, vivemos um período de grande idiotia, revelada absurdamente em alguns canais de TV, ocupando sua programação dimensões significativas de alienação, do culto da personalidade doentia ao estereótipo da idiotice.

Penso que é inverossímil diante da diversidade de temáticas, uma televisão pública, que privilegie o cidadão com uma programação de caráter educativo e acentuado nível cultural, confirmando sua responsabilidade no meio social que exerce, as verborréias televisivas nos assustam com à disposição para os altos índices de mediocridades, com apologias do belo, da violência, da corrupção, do mau caratismo e do “jeitinho brasileiro “ de ser, o estado de mazela dos princípios e valores no momento contemporâneo.

A censura que no passado, através dos regimes totalitários: o estado novo e a ditadura militar, nos ofereceram “ goela abaixo”, uma censura absurda nos setores da comunicação escrita e falada e cultura em geral, resultando uma alienação imposta, à qual a sociedade indignada manifestou-se com coragem, sensatez e principalmente fizeram frente ao opositor, que impunha sua truculência através das torturas físicas e mentais nas masmorras do poder. Naqueles tempos, havia sede por liberdade, indignação, protesto e necessidades por mudanças em todos os níveis sociais.

Hoje, a alienação se faz através das idiossincrasias , aceitas por milhões,  se aceita o errado, se conforma com o ilícito e fecha os olhos para a corrupção, dizem que o ópio do povo é o futebol, acredito que não seja mais, o ópio contemporâneo , são as programações com suas tramas alienantes e masoquistas. Não seria a alienação, uma forma de masoquismo?

Crônica de Camus dos Santos

Disponível originalmente no Portal Gosto de Ler

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