Desde 2000 a renda e o crédito vêm crescendo
fortemente no Brasil. Para termos uma idéia, o nível do crédito na economia
hoje é de aproximadamente 50% do PIB, exatamente o dobro de 2001.
Esse aumento se deve
principalmente a três fatores: diminuição da taxa de juros, crédito consignado
e financiamento imobiliário.
Como se sabe, o crédito
consignado foi implantado pelo Governo Lula, e financiamento para compra da
casa própria era algo que basicamente não existia, e agora qualquer um pode ter
acesso, inclusive a taxas muito mais baixas que as aplicadas na década
retrasada.
Além deste aumento de
crédito, o aumento da renda de parte significativa da população também ajudou
na melhoria de vários indicadores.
Mas quando vasculhamos
dados do IBGE e dados divulgados na imprensa, percebemos a baixa eficiência que
é o serviço público brasileiro.
Pelo menos do ponto de
vista teórico, o mercado se equilibra e consegue fornecer produtos, bastando
ter disponibilidade de renda. Quanto mais eficiente for um mercado, mais rápido
ele responde a esta demanda a partir do momento do aumento de renda. Quando o
aumento de renda é abrupto, aumento de preços são esperados em um primeiro
momento até se equilibrar novamente.
Por isso, mercados menos
eficientes como o imobiliário demoram a responder, já que uma unidade
habitacional demora anos para ser produzida.
Quando observamos os
dados do IBGE (formatados pelo Valor) o problema começa a ser evidenciado.
De 2001 a 2011, tudo aquilo que dependeu do
setor privado respondeu com uma eficiência bem maior.
Já aquilo que dependeu
do setor público…
Para termos
uma ideia máquina de lavar era privilégio de 33,6% da população em 2001.
Agora 51,6% das casas já possuem. Geladeira já é item que conta em 96,3% das
residências, e TV em 97,2%.
Quando falamos em rede
pública de esgoto, o aumento de 2001 para 2011 foi de 45,4% para 55,8%. Neste
ritmo ainda vamos demorar umas 4 décadas para universalizar o serviço, pelo
menos nas grandes cidades.
E estes dados de esgoto
não incluem o tratamento, que hoje estima-se em menos de 10%. Isto seria apenas
a coleta.
É certo também que estes
serviços ligados ao setor público são muito mais difíceis de responder, já que
envolvem grandes obras. Mas mesmo assim o progresso tem sido muito lento.
A única exceção é a
iluminação elétrica, que neste caso possui um programa público de formatação
bem-sucedida, em parceria com o setor privado.
Aqui em Pernambuco a
grande experiência nessa área será a PPP da Compesa.
Infelizmente o assunto
foi completamente deturpado na eleição, reduzindo o debate a um aumento da
conta de água e esgoto.
E o paradoxo principal
disso é que o aumento de renda acabou tornando a vida nas cidades ainda mais
insuportável, pois os governos locais não conseguem responder ao aumento de
demanda de serviços de forma razoável.
Blog
Deu o Carai em Vitória
Extraído
integralmente do Blog Acerto de Contas
Em outras palavras, os governos municipais estão roubando prá carai.
ResponderExcluiro credito vem crescendo no brasil e principalmente em vitoria, por isso todo mundo quer a prefeitura,o que o povo quer é responsabilidade do "limpin" com a populaçao,vamos citar alguns itens : o plano de saude do funcionalismo publico municipal,o zoo da cidade, a clinica da criança,a merenda das crianças,o atendimento nas "policlinicas" precario,os onibus dos estudantes,o matadouro publico,etc.o que foi que o povo viu nesse mercenario para reelege~lo,sera que foi dinheiro?.........................
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