Pensando ultimamente sobre como era a política nas cidades pequenas
antigamente e hoje cheguei a algumas constatações.
Voltando no tempo, quando eu tinha uns 10 anos me lembro bem como era o
período político na época, como hoje eram adesivos, santinhos, bandeiras,
Kombis, e tudo mais para pedir ou perder votos. Digo perder pois um candidato
que te acorda as 8h da manhã de um domingo, com uma caixa de som, tocando
um jingle baseado em algum sucesso sertanejo do momento, não vai ganhar
votos.
Passaram anos desde então, algumas eleições e tudo correu da mesma
forma, a mesma Kombi, os mesmos jingles enjoativos e muitas vezes os mesmo
candidatos.
Chegamos ao ano de 2012, e com ele as redes sociais, muitos de nós temos
nossos perfis em Facebook ou Twitter, e os queridos amigos políticos
também resolveram criar seus perfis para a campanha.
Se imagine na seguinte situação, você tem Facebook e mora em uma cidade de 3 mil habitantes, você
conhece todo mundo, sabe até que dia tua vizinha tá na TPM, pois então imagine
os candidatos.
Os tão ocupados candidatos terceirizam seus perfis, colocam algum cabo
eleitoral para administrá-los e também continuam ali quando não estão
trabalhando, digo, na estrada com suas Kombis e seus jingles. E é ai que o
bicho pega, literalmente, estou acompanhando de perto umas dessas campanhas
virtuais desvirtuada, e como se fosse um reality
show de quinta categoria sobram cacetadas para ambos os lados.
Ao invés de ali postarem seus planos de governo e suas propostas de
trabalho, postam somente críticas aos atuais governantes, citando somente
trabalhos que não foram feitos, se fosse poderíamos chamar o criador do Facebook de inútil, pois ele não
criou a internet, nem inventou a lâmpada, não é por esse lado que se conquistam
votos, não seria mais fácil expor o que farão melhor do que o outro, ou de que
irão realizar mais trabalhos pelo povo?
De crítica nem crítico de cinema sobrevive. Somente criticar o que foi
feito não adianta, caro candidato da Kombi e do jingle! Se nem angariar votos
pela rede social eles conseguem, imagine então se sabem como usar a ferramenta,
são duas postagens por minuto, das duas uma é cacetada e a outra é seu santinho
compartilhado como que se fosse o pão na santa ceia.
A modernidade os ajuda, mas os ajuda se souberem usá-la, talvez daqui a
4 anos, em uma nova rede social eles aprendam, talvez serão vídeos de
candidatos na tela do seu PC, e com os belos jingles, não esqueça.
Um certo candidato até me prometeu que aprenderia a usar o Facebook para a próxima eleição,
resta eu acreditar.
Blog
Deu o Carai em Vitória
Texto
extraído do portal UPF
(Autoria:
Douglas Felipe)
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