No final de 2011, o Brasil
passou a ser a sexta maior economia do mundo, superando o Reino Unido. Por
outro lado, quando o assunto são drogas ilegais, nossos índices são ainda mais
elevados; somos líderes.
A Universidade Federal de
São Paulo, após levantamento nacional sobre substâncias entorpecentes, concluiu
em agosto/2012: o Brasil é o maior mercado de Crack do planeta e o segundo
maior de Cocaína, correspondendo a 20% do consumo mundial dessas duas drogas.
A massa consumidora de
drogas lícitas e ilícitas cresce a passos largos principalmente porque nossa
juventude está antecipando fases na vida.
Em agosto de 2006 o governo
federal sancionou a nova lei sobre entorpecentes, que “despenaliza” o crime de
uso de drogas, ou seja, delito sem punição. A comissão de juristas que elabora
o anteprojeto do novo código penal, aprovou, em maio/2012, a descriminalização
do uso de todas as drogas no Brasil, cujo projeto de lei ordinária já está em
tramitação no Congresso Nacional.
Nos últimos anos, a
radiografia do sistema carcerário brasileiro foi alterada. Atualmente, 25% dos
presos maiores de idade e 45% dos menores apreendidos e que estão cumprindo
medida sócioeducativa, cometeram crime de tráfico de drogas. Não podemos
esquecer do posicionamento vanguardista do Supremo Tribunal Federal, que em
Junho/2011 decidiu que marcha para liberação de drogas é liberdade de expressão
e não apologia ao crime, como argumentava a maioria dos juízes estaduais. Com
isso, se multiplicaram as manifestações pela descriminalização de todas as
drogas no Brasil. O ministro Celso de Mello afirmou que a “Marcha da Maconha é
expressão concreta do exercício legítimo da liberdade de reunião”.
Nos últimos 12 meses, cerca
de 3 milhões de brasileiros fizeram uso de cocaína e crack. 78% dos usuários entrevistados
disseram que é fácil adquirir qualquer tipo de droga, sendo que 10% afirmaram
que vendem parte do que compram para sustentar o vício. O crack está em 94% das
cidades no Brasil, trazendo medo e insegurança aos cidadãos. O número de
assaltos, latrocínios e crimes bárbaros aumentou consideravelmente, pois a
massa descontrolada pelo uso de drogas pesadas não mede consequências atrás de
dinheiro para manter a dependência.
Poema do escritor e dramaturgo Eduardo Alves da Costa, que retrata a realidade da violência urbana nos dias atuais: “Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem; pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada”.
Blog Deu o Carai em Vitória
Texto extraído da página
Politicarias (Facebook)
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